A arquiteta angolana Paula Nascimento está presente como jury convidada na Bienal de Sharjah, um dos eventos mais importantes do circuito artístico internacional, que celebra agora 20 anos. A Bienal, organizada pela Fundação de Arte de Sharjah, tem como presidente e diretora Sheikha Hoor Al Qasimi, filha do ruler do Emirado.
Sharjah, localizada a cerca de 30 a 40 minutos do Dubai e a uma hora de Abu Dhabi, tem vindo a afirmar-se como um polo cultural de referência no Médio Oriente. Recentemente, a Fundação lançou um Centro de Estudos Africanos e uma Universidade com bolsas de mestrado e doutoramento para africanos, demonstrando um interesse crescente na construção de pontes culturais e institucionais com a África Subsariana.
Neste contexto, Paula Nascimento está a aprofundar as suas relações com a Fundação, explorando novas oportunidades de colaboração, incluindo a curadoria de futuros projetos. Além disso, encontra-se em conversações avançadas com a diretora do Museu Guggenheim Abu Dhabi, um dos mais aguardados museus da região, cuja inauguração está prevista para 2027.
A presença da arquiteta angolana nesta bienal reflete não apenas o reconhecimento do seu trabalho, mas também o papel cada vez mais relevante dos profissionais africanos no cenário artístico e arquitetónico global. Com a crescente aposta do Médio Oriente no reforço de laços culturais com África, abre-se um espaço de novas oportunidades para a arte e arquitetura do continente.
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