O Ministro do Interior orientou o director-geral do Serviço de Migração e Estrangeiro (SME) a colocar um “ponto e vírgula” ao curso básico de migração que decorria no Autódromo de Luanda e na Escola Nacional de Migração (ENAMI), localizada no quilómetro 32 em Viana, província de Luanda. Pretexto invocado: Aferir o perfil e a idoneidade dos candidatos. Avaliar a sua aptidão física, patológica e a autenticidade dos documentos apresentados pelos mesmos. Falando depressa e bem: Uma varridela! Uma limpeza profunda no balneário da corrupção em que foi transformado o Ministério do Interior.
São cerca de cinco mil candidatos com o futuro no “limbo”. Parte considerável dos formandos ora suspensos tiveram acesso ao curso básico de migração por meio de “cambalacho”. A Direção Nacional de Recursos Humanos do Ministério do Interior foi o laboratório principal dos cambalachos que viabilizavam a frequência de cursos e a entrada irregular nos órgãos tutelados pelo Ministério do Interior: Serviço de Migração Estrangeiro (SME), Serviço de Investigação Criminal (SIC), Polícia Nacional (PN), Serviço Penitenciário (SP), Serviço de Proteção Civil e Bombeiros (SPCB).
A determinação do Ministro do Interior é politicamente impopular, mas absolutamente necessária. O pente fino de Manuel Homem tem de passar também pelo SIC, PN, SP e SPCB. Manuel tem de ser suficientemente Homem para pentear tudo e todos. Incluindo os carecas. Só assim se vai poder exfiltrar os sicários e quadrilheiros infiltrados nos órgãos tutelados pelo Ministério do Interior. Estou certo e seguro que a suspensão do curso básico de migração tem como nobre escopo resolver problemas estruturais e vícios sedimentados ao longo dos anos no “Ministério do Chuis”. Avance, Manuel Homem! Pra frente é o caminho. Para trás, nem para ganhar impulso!
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